segunda-feira, novembro 22, 2010

DIA DE CHUVA


Dia de chuva

Acordei de madrugada e chovia lá fora
O anúncio de inverno, bate na janela
Aconcheguei-me esquecendo a hora
Nos macios e quentes lençois de flanela

Fechei os olhos sonolenta e pensativa
Recordando o passado longe e distante
Esforcei-me por imaginar na tentativa
De reviver nossas emoções, num instante

Mas não é só o corpo que cansado, recusa
Também o coração onde se aninha o amor
E a mente que só para ti, está reservada

Também a minha vida se esvai, e confusa
Dia a dia, me vou conformando com a dor
de que nunca irei me sentir por ti beijada!

Arlete Piedade

1 comentário:

  1. Gosto muito do seu belo soneto de amor e saudade. Já o ouvi recitado pela Querida Amiga e cada vez me encanta mais. Os meus Parabéns!!!
    Beijos

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