segunda-feira, maio 31, 2010

DIA MUNDIAL DA CRIANÇA - POEMAS DE MARIA DA FONSECA





Enviados pela minha querida amiga e distinta Poetisa Maria da Fonseca, com pedido de publicação no meu Blog, estes três belos poemas dedicados ás crianças, no seu Dia Mundial:

DIA MUNDIAL DA CRIANÇA

Maria da Fonseca


Sois os homens de amanhã,
Nossas crianças de amor.
Preparai-vos com afã
Em busca de outro valor.

Sem lutas, sem confusões,
Com harmonia, amizade,
Generosos corações
No caminho da verdade.

Pra tornar melhor o mundo
Contamos com vosso zelo
Bem sucedido e fecundo.
Pela Paz, é o meu apelo!


DIA DA CRIANÇA

Maria da Fonseca


Criança, eis o teu Dia,
A todas vós dedicado,
Mas na verdade, queridas,
Tudo pra vós foi criado.

Assim Deus tudo vos dá
E anjos põe a vosso lado
Pra vos olhar e guardar
No mundo que vos foi dado.

Vossa Fé que é também nossa
Seja a de todo o Universo
E também seu ambiente
Seja menos controverso.

Luz, saúde, alegria,
Paz, amor, muita ternura,
Tudo isso eu vos desejo
Num futuro de ventura.

MENINO DE RUA

Maria da Fonseca


Menino sem pai nem mãe,
Pelos outros, envolvido,
Vives na rua, largado.
Só aos teus tu és unido,
Aos pivetes és ligado.

Sem pão, sem lar nem carinho,
Corres a rua madrasta,
Enganado, seduzido.
Muito pouco é o que te basta,
À desgraça reduzido.

Pobre menino franzino,
Pedes com tanta insistência,
Persegues com tanto ardor,
Que afastas a indulgência
E só nos causas temor.

Sem ‘scola, ‘studo, valores,
O menino que é da rua,
Nem à noite tem descanso.
No seu tecto mora a lua
E a pedra é o seu ripanço.

Socorrei esse menino,
O que será seu futuro?
Valei-lhe em sua desdita.
Resgatai-o do escuro,
Regresse à vida bendita.

Muito obrigada querida amiga Maria.

domingo, maio 30, 2010

DIA MUNDIAL DA CRIANÇA - 1 DE JUNHO


















Dia Mundial da Criança


Celebra-se no próximo dia 1 de Junho, em Portugal e muitos países pelo mundo, o Dia Mundial da Criança.

Este dia foi instituído pela ONU, no dia 20 de Novembro, para celebrar a Declaração dos Direitos Universais da Criança, mas em Portugal foi adoptado para o dia 1 de Junho por suceder a Maio, mês dedicado ás mães e a Nossa Senhora padroeira e mãe de Portugal.

No entanto esta celebração varia de país para país, consoante as datas adoptadas por cada um, sendo no entanto a tónica da celebração sempre centrada nas crianças e nos seus direitos, os quais vale a pena recordar, pelo que os transcrevo a seguir:

PRINCÍPIO 1º
• A criança gozará todos os direitos enunciados nesta Declaração. Todas as crianças, absolutamente sem qualquer excepção, serão credoras destes direitos, sem distinção ou discriminação por motivo de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição, quer sua ou de sua família.
PRINCÍPIO 2º
• A criança gozará protecção social e ser-lhe-ão proporcionadas oportunidade e facilidades, por lei e por outros meios, a fim de lhe facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, de forma sadia e normal, em condições de liberdade e dignidade. Na instituição das leis visando este objectivo levar-se-ão em conta sobretudo, os melhores interesses da criança.
PRINCÍPIO 3º
• Desde o nascimento, toda criança terá direito a um nome e a uma nacionalidade.
PRINCÍPIO 4º
• A criança gozará os benefícios da previdência social. Terá direito a crescer e criar-se com saúde; para isto, tanto à criança como à mãe, serão proporcionados cuidados e protecção especial, inclusive adequados cuidados pré e pós-natais. A criança terá direito a alimentação, recreação e assistência médica adequadas.
PRINCÍPIO 5º
• À criança incapacitada física, mental ou socialmente serão proporcionados os tratamentos, a educação e os cuidados especiais exigidos pela sua condição peculiar.
PRINCÍPIO 6º
• Para o desenvolvimento completo e harmonioso de sua personalidade, a criança precisa de amor e compreensão. Criar-se-á, sempre que possível, aos cuidados e sob a responsabilidade dos pais e, em qualquer hipótese, num ambiente de afecto e de segurança moral e material, salvo circunstâncias excepcionais, a criança da tenra idade não será apartada da mãe. À sociedade e às autoridades públicas caberá a obrigação de propiciar cuidados especiais às crianças sem família e aquelas que carecem de meios adequados de subsistência. É desejável a prestação de ajuda oficial e de outra natureza em prol da manutenção dos filhos de famílias numerosas.
PRINCÍPIO 7º
• A criança terá direito a receber educação, que será gratuita e compulsória pelo menos no grau primário.
• Ser-lhe-á propiciada uma educação capaz de promover a sua cultura geral e capacitá-la a, em condições de iguais oportunidades, desenvolver as suas aptidões, sua capacidade de emitir juízo e seu senso de responsabilidade moral e social, e a tornar-se um membro útil da sociedade.
• Os melhores interesses da criança serão a directriz a nortear os responsáveis pela sua educação e orientação; esta responsabilidade cabe, em primeiro lugar, aos pais.
• A criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se, visando os propósitos mesmos da sua educação; a sociedade e as autoridades públicas empenhar-se-ão em promover o gozo deste direito.
PRINCÍPIO 8º
• A criança figurará, em quaisquer circunstâncias, entre os primeiros a receber protecção e socorro.
PRINCÍPIO 9º
• A criança gozará protecção contra quaisquer formas de negligência, crueldade e exploração. Não será jamais objecto de tráfico, sob qualquer forma.
o Não será permitido à criança empregar-se antes da idade mínima conveniente; de nenhuma forma será levada a ou ser-lhe-á permitido empenhar-se em qualquer ocupação ou emprego que lhe prejudique a saúde ou a educação ou que interfira em seu desenvolvimento físico, mental ou moral.
PRINCÍPIO 10º
• A criança gozará protecção contra actos que possam suscitar discriminação racial, religiosa ou de qualquer outra natureza. Criar-se-á num ambiente de compreensão, de tolerância, de amizade entre os povos, de paz e de fraternidade universal e em plena consciência que seu esforço e aptidão devem ser postos a serviço de seus semelhantes.

Este dia é celebrado com vários programas dedicados á criança um pouco por todo o mundo, mas mais que brincadeiras e festas, que também são necessárias, devia ser celebrado no coração de cada um com uma reflexão séria para verificar se estão a proporcionar aos seus filhos as condições necessárias para que os seus direitos sejam efectivamente respeitados, fazendo-lhe aprender também os seus deveres como cidadãos, filhos e companheiros.

Arlete Piedade


Aqui deixo alguns poemas meus dedicados a um menino triste, mas que poderão espelhar a realidade de muitos meninos por esse mundo fora:

Menino guerreiro

Menino que já nasceste guerreiro
Nunca tiveste de pai, um carinho
Tiveste que procurar teu caminho
Sempre buscando ser o primeiro.

Em busca da diária sobrevivência,
Lutando com bravura e galhardia,
Lágrimas ocultas, aparente alegria,
Espírito livre não deve obediência.

Pois que mesmo entre os teus iguais
Tua garra feroz te destaca dos demais
Tua doçura que conquista e não erra...

No entanto escondes tua arma secreta
Se te encurralam, nem dás um alerta,
E arrancas veloz para mais uma guerra.

Enigmas de menino

Estou tão triste e revoltado com a vida
não sei porque me deixaram aqui sózinho
foi-se embora a minha mãezinha querida
agora ninguém mais me irá dar carinho...

esta manhã estava tanto gelo na estrada
minhas mãos ficaram de golpes a sangrar
meus pés descalços gretados lá na picada
cheios de bicos, pele dolorosa a queimar

meu estomâgo pequenino e vazio dói tanto
ninguém me acode nem enxuga meu pranto...
ah!Será que este é de verdade o meu mundo?

Venham me buscar! - Não sou deste recanto!
Imploro olhando o céu, com tal espanto...
medonha solidão, desespero tão profundo!

Arlete Piedade

sábado, maio 22, 2010

SANTO ANTÓNIO DE LISBOA - UM DOS SANTOS MAIS POPULARES





Santo António de Lisboa

É em 12 de Junho que se iniciam em Portugal as festividades em honra de Santo António, o santo casamenteiro, padroeiro dos namorados e dos pobres, doutor da Igreja, pregador, militar de dois exércitos já depois da sua morte, venerado em Portugal, em Itália e no Brasil, santo da Igreja Católica.

Santo António nasceu em Lisboa cerca do ano de 1191-1195, e foi baptizado com o nome de Fernando. Era filho de Martim de Bulhões e Maria Teresa Taveira Azevedo. Pensa-se que terá nascido numa casa próxima á Sé de Lisboa, onde anos mais tarde ergueram uma igreja em sua invocação.

Fez os seus estudos na Igreja de Santa Maria Maior hoje Sé de Lisboa, ingressando como noviço, por volta de 1210 ou 1211, na Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, no Mosteiro de São Vicente de Fora, onde permaneceu por três anos. Aos 18 ou 19 anos continuou os estudos no Mosteiro de Santa Cruz em Coimbra, que nesse tempo era um importante centro da cultura medieval na Europa. Aí o jovem Fernando, estudou Direito Canónico, Teologia e Filosofia.

Em 1220 aconteceu um facto marcante que determinou a sua vida futura. Cinco franciscanos foram martirizados e decapitados em Marrocos e os seus corpos vieram para Coimbra. Profundamente tocado e sensibilizado, Fernando muda o seu nome para António e ingressa na ordem de S. Francisco de Assis, para se dedicar á evangelização.

Parte para Marrocos, mas depois de lá estar algum tempo, fica gravemente doente. Os seus superiores decidem reenviá-lo para Lisboa, para se tratar. Mas o navio onde vinha de regresso á pátria, enfrenta uma grandiosa tempestade e é desviado do seu curso pela acção do mar e do vento, indo á deriva até aportar na Sicília a sul de Itália, onde passa a viver.
Em Itália, António ganha fama como grande pregador e evangelizador. Em Março de 1222, em Forlì, dissertou para religiosos Franciscanos e Dominicanos de forma tão fluente e admirável que o Provincial da Ordem o destinou de imediato à evangelização e difusão da doutrina.
Pregava em especial contra as doutrinas dos hereges que nessa altura floresciam em Itália e França. Ficaram célebres as suas pregações contra os Cátaros, Patarinos e Valdenses. Seguiu depois para França onde pregou contra os Albigenses e onde obteve importantes nomeações na hierarquia católica.

Em 1226 morre S. Francisco de Assis e António assiste a sua canonização em 1228. Em seguida nesse ano deslocou-se a Ferrara, Bolonha e Florença. No ano seguinte as suas pregações levam-no a Bréscia, Varese, Milão, Verona e Mântua. Em 1231, após contactos com o papa Gregório IX regressou a Pádua, sendo a quaresma desse ano celebrada com uma série de sermões de sua autoria.

Mas António estava já gravemente doente e em 13 de Junho de 1232, morre aos 36 anos de idade. Os seus restos mortais repousam na Basílica de Pádua, construída em sua memória. Em 30 de Maio desse mesmo ano, foi canonizado pelo papa Gregório IX. Foi proclamado doutor da Igreja pelo papa Pio XII em 1946.

Santo António deixou-nos de sua autoria Os Sermões Dominicais e Festivos. Cada sermão é dedicado a um domingo, e neles António aborda os assuntos focados, sob varias perspectivas.

O culto a Santo António é prestado em Portugal, em Itália, no Brasil e em várias outras cidades de países de origem portuguesa e latina. Os portugueses chamam-lhe Santo António de Lisboa, os italianos chamam-lhe Santo António de Pádua. Várias outras cidades o elegeram como seu padroeiro e o dia 13 de Junho é feriado municipal em muitas dessas cidades.

Temos assim Lisboa, cidade onde nasceu, e da qual é padroeiro, que tem o seu feriado municipal a 13 de Junho. Na noite de 12 para 13 de Junho, começam os festejos, com arraiais populares nos bairros da cidade, onde se come sardinha e febras assadas e caldo verde, tudo acompanhado com um bom vinho tinto.

Na Avenida da Liberdade, principal artéria lisboeta, tem lugar o desfile das marchas de Santo António, onde cada bairro compete entre si, quase como se fossem escolas de samba. No final, um bairro será o vencedor.

Também uma tradição célebre é a iniciativa dos Casamentos de Santo António, onde 12 casais pobres, escolhidos pela organização e promotores, casam em conjunto na Sé de Lisboa.

Esta tradição dos casamentos sob a égide de Santo António, repete-se também em Campo Grande – Mato Grosso do Sul (Brasil), cidade que tem também o santo como seu padroeiro, assim como Barbalha (Ceará) Três Lagoas (Mato Grosso do Sul) e Borba (Amazonas) cidade que tem uma grandiosa basílica dedicada ao santo, com restos mortais do santo. Também a cidade de Santo António do Príncipe no Arquipélago de S. Tomé e Príncipe, no Atlântico, é dedicado ao santo.

Mas Santo António tem também uma carreira militar nos exércitos de Portugal e Brasil O santo assentou praça nos dois exércitos que combaterem sob a sua protecção celestial.

Primeiro em Portugal em 1665, no 2ª Regimento de Infantaria de Lagos, por iniciativa de D. Afonso VI que achou que era uma acção capaz de conseguir a vitória contra as forças espanholas Efectivamente o exército português comandado pelo Marquês de Marialva conseguiu uma vitória contra o exército espanhol comandado pelo Marquês de Caracena.

No reinado de D. Pedro II, o Santo foi promovido a Capitão e no reinado de D. Maria I, a tenente-coronel, como recompensa pela vitória portuguesa na Batalha do Buçaco, contra as tropas francesas de Napoleão.

Também no Brasil, o santo assentou praça em 1685, sendo promovido a capitão em 1711 e a Tenente-Coronel em 1814, pelo Príncipe – Regente D. João com o soldo de 80$000 reis. Apenas com a proclamação da República, se deixou de pagar o soldo ao Santo.

Mas hoje em dia o Santo é sobretudo o padroeiro dos namorados, sendo o seu dia também o Dia dos Namorados no Brasil. Em Portugal celebra-se a noite de Santo António com arraiais populares em várias cidades e aldeias, com as fogueiras, a sardinha assada, e também os vasinhos de manjerico (uma planta aromática), onde se coloca uma quadra popular de carácter brejeiro ou jocoso, alusivo aos namorados e ao santo.

Arlete Piedade

sexta-feira, maio 21, 2010

Festas Juninas

As Festas Juninas ocorrem no mês de junho devido ao solstício de verão do hemisfério norte, assim que surgiu, posteriormente transformaram-se na festa de três santos comemorados em junho: Santo Antônio, 14; São João, 24; São Pedro, 29. No Brasil, no Nordeste Brasileiro é comemorado o mês inteiro ao som de forró, baião, renovando anualmente um repertório próprio, ao mesmo tempo que mantém as tradições, pois há a valorização do forró tocado com acordeão, zabumba e triângulo.

Na cidade de Pauliceia, Estado de São Paulo, fundada em 29 de junho de 1947, portanto dia de São Pedro, sendo o mesmo padroeiro da cidade, o mês é de festa, com os finais de semana tendo uma programação diferenciada, seja campeonato de truco, quermesse, atividades religiosas, corrida, a festa na véspera do aniversário da cidade, onde há quentão, amendoim torrado e pipoca. Uma característica tradicional são as fogueiras à beira da rua que moradores fazem, uma forma de comemorar os santos acendendo-a depois do entardecer na véspera do dia de Santo Antônio, São João e São Pedro.

Hoje as Festas Juninas abrem espaço para mostrar no Brasil, estilos de música baseado no forró, baião, xote, arrasta pé, possui força para isso, ajuda a manter as tradições e a cultura, além de chamar a atenção para uma vida mais natural, muito em moda hoje, mas já sabido por quem vive no campo.

segunda-feira, maio 17, 2010

MEU ENTERRO



Partirei muito em breve, tenho a pura certeza
Não deixarei neste mundo grandes saudades
E dos amigos… não quero que sintam tristeza
Deste que nada fez vivo…nem as maldades…

Por este mundo passei eu muito discreto
Perdi, vive adultamente, a minha infância
Na juventude quis ser… Fui nada em concreto
Adulto, já velho néscio… só tive louca ganância!

Eu me revejo em pouco que nunca tive
Um sonho imaginado e construído e desfeito
Nas brisas que passam e nos acariciam de leve!

E pressinto que o único desejo meu que obtive
No tempo efémero e curto e pouco perfeito
Foi o amor por ti que deu valor a vida tida breve!


João Furtado

Ghandi e Shuarto

Enquanto via o filme da vida de Ghandi
As rádios noticiavam a morte de Shuarto
E o meu coração encheu de magoas
Não pela morte ou vida do Shuarto
Mas pela morte e vida dos Indonésios
Mas pela morte e vida dos Timorenses
Que em nome de uma causa
Morreram nas mãos de Shuarto
Pelo mesmo ideal
Que Ghandi teve e venceu
Sem que alguém fosse sacrificado
Com a PAZ fez a Paz
Sem armas nem bombas
Nem suicidas nem fundamentalismos
Os ingleses e Sua Majestade a Rainha
Não são “shuartos”, mas, fico a pensar….
Fico a pensar se Xanana e outros fossem Ghandi
O Shuarto não seria Sua Majestade a Rainha
Talvez sim, talvez sucumbisse perante a PAZ
Talvez não, talvez reeditasse o cemitério de Santa Cruz!....
Enquanto via o filme da vida de Ghandi
As rádios noticiavam a morte de Shuarto



João Furtado



Amiga Arlete,

Boa tarde. Como minha primeira participação quis apresentar esta comparação, tambem quis apresentar "palavras soltas" que segue:

PALAVRAS SOLTAS


Ando vagueando e pensando
Recordando e chorando
Lembrando e evitando
E tornando correndo
Tentando… enfim, nadando
E afogando e alegrando!

Piedade e felicidade
Idade da caridade
Equidade na puberdade
Da verdade e realidade
Anuidade e sobriedade
De perenidade e perpetuidade
E amizade da continuidade!

João Furtado

Com abraços e carinho!

domingo, maio 16, 2010

Um Domingo.

Um domingo
Maio
Quem sabe
Motivos envolvidos
Razões
Emoções e palavrões
Sabe quem


Digo Mingo
Foi...

sexta-feira, maio 14, 2010

A ANFITRIÃ PORTUGUESA

Arlete Piedade, da simpática e pequena cidade de Santarém, onde estive duas vezes por ocasião da viagem a Portugal, em março de 2010, é o assunto deste pequeno texto. Eu a conheci em 2005, pela internet. De lá para cá, trocamos dezenas de e-mail e mensagens no MSN, participamos de várias iniciativas em sites e blogs que divulgam as pessoas que praticam a arte e a literatura lusófonas pelo mundo afora.
No início, eu supunha que ficaria só nisso, devido à distância física que nos separa, embora tenhamos vários pontos de convergência, como por exemplo, o amor à poesia e a preocupação com o meio ambiente. Assim como Arlete, também escrevo em prosa e verso, mais em verso do que em prosa, e estamos sempre buscando novas formas de expressar o que sentimos. Hoje Arlete, entre outras ações na net, mantém o blog http://maduraliberdade.blogspot.com/, é colaboradora do Jornal Raizonline e locutora de rádio.
Temos também uma história familiar parecida. Seu pai e o meu cultivavam uma hortinha de ervas medicinais, verduras, legumes e algumas árvores frutíferas em um pequeno espaço próximo à casa. O local tornou-se uma espécie de santuário, após o desaparecimento dos seus proprietários. Ao conhecer o espaço na Aldeia onde vivia seu pai, fiquei impressionada com a semelhança entre as histórias. Em continentes distantes, dois homens que nem sabiam da existência um do outro, viveram seus últimos dias fazendo a mesma coisa, ou seja, adubando a terra, plantando e cuidando das plantinhas que finalmente deixaram como herança. O mais interessante é que em ambos os casos, os que permaneceram se voltaram para aquelas plantas para lhes dispensar o mesmo tratamento vip que vinham recebendo, como se houvessem firmado um contrato com seus ascendentes.
Conheci a mãe de Arlete. Ela me transportou à infância em Catalão, ao tempo em que as viúvas se vestiam de preto da cabeça aos pés durante um ano a contar da morte do marido ou de um ente querido. Sorridente, embora com o olhar entristecido, deixou-se fotografar, após me receber com a gentileza própria de uma dama elegante e corajosa.
Senti vontade de conversar mais com ela. Talvez na próxima viagem...

Arlete organizou um evento grandioso para receber a mim e a Shirley, em Almerim. Dezenas de pessoas que pareciam ter nascido na mesma cidade que nós, ou saído da nossa própria história, nos abraçavam, beijavam e aplaudiam calorosamente. Embora ausente, Daniel Teixeira, meu querido amigo e proprietário do Jornal Raizonline, homem culto, gentil, dedicado a divulgar autores dos países lusófonos, acompanhava tudo lá do Algarves. A alegria contagiante de Gabriel Castanhas e de sua esposa São, as piadas em sequencia de Joaquim Sustelo e todos os demais participantes envoltos na mesma sintonia festiva do evento, nos levaram às lágrimas de emoção.
Como se não bastasse, Arlete ainda destacou um dia só para mostrar-me os arredores de Santarém e Almerim, cidades próximas, onde a vegetação é exuberante, o clima úmido e muito agradável por causa da abundância de água corrente sobre pedras. Restos das construções árabes bem preservados aqui e ali, oliveiras e vinhedos ao longo das estradas completam o cenário. A região é linda, dona de ar puro e história que certamente enchem de orgulho seus moradores. Arlete é assim, uma mulher permanentemente apaixonada, que encontra as pessoas onde quer que elas estejam e as transforma em aliadas.
Ao fim de mais um dia emocionante, voltei a Lisboa, já com saudades.

Sandra Fayad

(Transcrevo este texto da minha querida amiga e escritora Sandra Fayad, com sua autorização, com orgulho e carinho)

domingo, maio 09, 2010

FELIZ DIA DA MÃE



















Mãe

Mãe que longe de mim estás,
Tanto que desejava beijar-te…
agora que a tua idade já faz,
inadiável e urgente, ajudar-te!

Mãe que a meu lado estiveste,
Sempre que a vida o destinou…
para o meu caminho trouxeste,
tudo o que a vida te ensinou!

Não sei dizer se foi necessário,
Ou foi a medida exacta e certa,
Nesses dias de palavras amenas…

Mas nunca afirmarei o contrário,
Apontaste-me a estrada correcta,
Arredei-me? – Meu erro apenas!

Arlete Piedade

(Dedicado a minha Mãe, no Dia da Mãe)