quinta-feira, setembro 02, 2010

Independencia do Brasil - 7 de Setembro

Independencia do Brasil – 7 de Setembro

Foi a 7 de Setembro de 1822 que ás margens do ribeiro Ipiranga, onde hoje é S. Paulo, que D. Pedro de Alcantara, príncipe regente do Brasil e herdeiro da coroa portuguesa, pronunciou aquele que viria a ser conhecido como “O Grito do Ipiranga” o célebre “INDEPENDENCIA OU MORTE!”, que marcou oficialmente o nascimento do Brasil, como nação independente.

O Brasil era uma colónia de Portugal, tendo sido descoberto oficialmente por Pedro Álvares Cabral, em 1500, e assim se manteve até que na sequência da Guerra Peninsular e das Invasões Francesas ordenadas por Napoleão Bonaparte a várias países, entre os quais, Espanha e Portugal, havia o risco de Portugal perder a sua independencia se a família real, fosse aprisionada ou morta pelos franceses.

Então surgiu a decisão do Rei e sua família, acompanhados por cerca de 15.000 Portugueses, emigraram em massa para o Brasil, para estarem a salvo de Junot e dos seus soldados. Uma armada colossal saiu de Lisboa, composta por cerca de 25 navios marcantes, escoltados pela Marinha de Guerra de Portugal e da Inglaterra, velha aliada e garantia do sucesso da operação.

Chegados ao Rio de Janeiro, estabeleceram-se e começaram a governar Portugal á distância. Mas naqueles tempos as comunicações demoravam o tempo que um navio levava a atravessar o oceano, com as cartas a bordo e muitas decisões tinham que ser tomadas na hora.

Em Lisboa tinha ficado uma Junta de Regencia, que o general Junot mal chegou dissolveu e começou a governar como entendia. Mas um grupo de cidadões no Porto, revoltou-se e desse movimento saiu a Revolução Liberal do Porto, cujos dirigentes pediram o regresso do Rei a Portugal.

Quando chegaram as notícias ao Brasil, D. João VI, resolveu regressar, deixando como regente do Brasil, o seu filho, o príncipe herdeiro, D. Pedro de Alcantara.
As notícias desta revolução e os seus ideias de liberdade, tiveram diversas repercussões não só em Portugal, como na Madeira e nos Açores, mas especialmente, nas províncias do Brasil, onde cada governador reagiu consoante as suas convições e em particular, na defesa dos seus interesses.

Havia dois partidos principais, um dos radicais que era a favor da independencia total do Brasil e da democratização da sociedade, cujos líderes eram Joaquim Gonçalves Ledo e José Clemente Pereira, Outro partido era a favor da colaboração com Portugal e o seu chefe era José Bonifácio da Silva. Mas em Portugal mantinham-se no governo os conservadores e as ordens que chegaram ao Rio de Janeiro, emanadas pelas Cortes, exigiam o regresso imediato de D. Pedro a Portugal, a extinção da regencia e dos Tribunais e a volta do Brasil á condição de colónia.

Perante as ordens do Rei e do Governo, D. Pedro preparou-se para obedecer. Mas no Brasil ele já era visto como o simbolo da independencia, o garante das liberdades e da nova ordem. No dia 9 de Janeiro de 1822, um abaixo-assinado que havia sido efectuado entre o povo do Rio de Janeiro foi entregue ao príncipe pelo Senado da Câmara da cidade, pedindo-lhe para permanecer no Brasil.

Perante isso, D. Pedro resolveu desobedecer ás ordens do Rei e permanecer no Brasil, tendo pronunciado a celébre frase: Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Digam ao povo que fico!". Este episódio tornou-se conhecido como o "Dia do Fico"

Mas embora D. Pedro tenha ganho grande apoio popular com esta decisão de ficar, em Portugal continuavam a insistir pelo seu regresso e a mandar-lhe ordens e decretos para cumprir. Então D. Pedro deu mais um passo para a independencia ao decidir que as ordens e decretos só teriam valor e poderiam ser aplicados, depois de ele assim o decidir, apondo a sua assinatura e a ordem “Cumpra-se!”.

Enquanto em Portugal se exigia a volta do Príncipe, no Brasil, as duas principais facções e os seus chefes lutavam para influenciar o princípe a manter os seus previlégios de classe, uns no sentido da liberdade social, outros para manter as benesses da aristocracia rural e da escravidão.

Em finais de Agosto desse ano, o princípe teve que se deslocar á província de S. Paulo, para acalmar uma rebelião contra José Bonifácio da Silva e no regresso a 7 de Setembro, parou para descansar nas margens do ribeiro do Ipiranga.

Foi aí que os mensageiros, o foram encontrar para lhe entregaram novas cartas, uma do Rei e das Cortes voltando a exigir o seu regresso, outra de José Bonifácio, aconselhando-o a romper com Portugal e uma terceira da sua esposa, D. Maria Leopoldina de Austria, incentivando-o a aceitar os conselhos do ministo, dizendo que “os pomos estão maduros, deves colhê-los antes que apodreçam”.

Perante isto, D. Pedro resolveu ali romper definitivamente com Portugal, proclamando a independencia do Brasil, tal como já explicado no início desta peça.

Hoje em dia, comemora-se o “Feriadão” com desfiles e festas em várias cidades, mas quantos brasileiros conhecem a história da sua nação e sabem como as coisas se passaram?

Então convido a todos a reflectirem e passaram aos seus filhos os valores para uma nova ordem e independencia em todos os níveis, da maior nação da América Latina, que orgulhosamente deve liderar os seus vizinhos, rumo ao futuro, com justiça e igualdade.

Arlete Piedade

2 comentários:

  1. Minha estimada Amiga,
    Muito bom o seu artigo que adorei!!!
    É uma linda homenagem ao Brasil!!! Os meus Parabéns!!!
    Um abraço amigo, Maria

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  2. Querida amiga Arlete,
    Adorei este seu magnífico artigo sobre a Independência do Brasil. Os meus Parabéns!!!
    Um abraço grande, Maria

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