terça-feira, novembro 23, 2010
NEBLINAS
Neblina
Vejo uma pedra desgastada pelo tempo
Um ribeiro tranquilo a caminho do mar
A lua leitosa, nadando no firmamento
Uma noite de inverno, prestes a terminar
Raios de sol lutam para romper as neblinas
Aves escuras esvoaçando fumacentas
Perólas de água orlam linhas de aranha, finas
Trovões se anunciam prenunciando tormentas
Gotas escorrem das folhas, na aragem densa
Troncos negros, tocados por dedos de névoa
Ar gélido desvanecendo ao sol nascente...
Tuas mãos ardorosas, teu olhar apaixonado
Limpam do meu espírito turbilhões de treva
Com as labaredas da nossa paixão ardente!
Arlete Piedade
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