Há anos quando era pequeno
Pouco mais de 4 anos tinha eu então
Admirava as casas enormes feitas
E as ruas e outras obras perfeitas
A minha mãe pegou-me nas mãos
E disse que tudo que eu via e admirava
As minhas mãos podiam fazer
As boas e as más obras
A paz e a guerra
O trigo plantar ou a bomba lançar
O carinho fazer ou a pedra atirar
As minhas mãos eram as armas
As armas do bem tão desejado
Ou do mal tão recusado
E tudo dependia de mim
Do uso que eu fizesse
Das lindas mãos que eu tinha!
E hoje sei que é verdade mãe…
E não posso pegar nas tuas mãos
E te dizer que tinhas razão
Tu descansas em paz no paraíso
E eu… bem eu com as minhas mãos
Aquelas mãos que tu pegaste há anos
Escrevo este poema sobre as mãos
As verdadeiras armas do bem e do mal!
João Furtado
13 de Junho de 2010 as 00:23
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